A vida vai acontecendo através dos passos diários, dos sonhos acalentados, dos objetivos já alcançados e das distâncias que estão por vir. Abrir espaço para determinadas retrospectivas ajuda muito para perceber o quanto já foi percorrido. Nenhum retrovisor é capaz de captar os infinitos registros. Quem sabe a quilometragem e quais os cenários que foram visitados são aqueles que deixaram de contar passos para alcançar metas. Num determinado momento da vida, a quantidade vai abrindo espaço para a qualidade.
O volume tem um grau de importância, mas a intensidade faz toda a diferença. As melhores vivências transformam-se em saudades e passam a se apresentar como doces lembranças. É impossível olhar pelo retrovisor e agrupar todas as experiências vividas. Alguns detalhes ficam no esquecimento, mas não deixam de ser bons sentimentos. Por outro lado, é sempre maravilhoso poder olhar para o horizonte e tentar imaginar o que ainda está por vir. O infinito é feito de esperança, a imaginação cria possibilidades e o tempo vai amadurecendo e confirmando preciosos projetos.
Há muito para ser vivenciado, independente da tonalidade da certidão. O número de anos não é o único fator determinante. Há jovens sem perspectivas: pouco sabem do passado, raros são os sonhos para o futuro. Enquanto isso, abraçados à maturidade, despreocupados com o fator idade, muitos não dão trégua: sonham até o último instante. Nenhum sonho envelhece, quanto muito pode ser adiado. Há intensa vida entre o retrovisor e o horizonte a ser descortinado. O ontem pode ser o melhor degrau de sustentação do hoje e de projeção do amanhã. Ainda bem que o coração consegue armazenar a saudade do que marcou e a esperança do que virá. Viver é simplesmente extraordinário.
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